O amor esfuziante de Bo e Hama chama atenção no cotidiano do vilarejo sombrio. "Naquele tempo não estávamos mais acostumados com a felicidade", diz o narrador. Encantados em seu pequeno mundo, os jovens amantes não se dão conta das reações antipáticas que provocam. Até que acontece a tragédia, eles fogem e partem em busca do lugar ideal vislumbrado num sonho. Neste livro, a autora cria uma alegoria fantástica, povoada de seres singulares, para falar de sentimentos e valores que, na sociedade contemporânea, acabam relegados ao segundo plano. Na saga de Bo e Hama é preciso que se passe uma geração, para que o caminho de volta possa ser trilhado em segurança.