O uso de quitosana como adsorvente em maior escala enfrenta alguns obstáculos devido à sua baixa resistência mecânica. Uma possível alternativa para melhorar aspectos mecânicos e que também contribui para uma melhor transferência de massa do adsorbato no adsorvente é a imobilização da quitosana em matrizes sólidas utilizando-se técnicas de recobrimento de partículas. Neste contexto, este trabalho visou investigar a imobilização da quitosana em substratos para a aplicação em sistemas de adsorção. Inicialmente foram testados como suporte para imobilização da quitosana vidro, polipropileno, borracha vulcanizada, porcelana e tecido de algodão. O substrato de vidro, utilizado na forma de esferas, apresentou melhor interação com a solução de recobrimento e características adequadas para aplicação em processos de adsorção. As esferas de vidro foram recobertas por diferentes métodos utilizando quitosana 2,5% (m/v) em solução de ácido acético 3% (v/v). Dentre as diferentes técnicas de revestimento estudadas, o processo por ¿dip coating¿ obteve um revestimento homogêneo e apresentou boa aderência do filme ao substrato.
Juliana Queiroz Albarelli Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo, mestrado e doutorado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas e pós-doutorado na École Polytechnique Fédérale de Lausanne (Suíça) (20013-2014) e na Universidad de Valladolid (Espanha) (2016-2016).